A proposta de realizar o escaneamento da íris como forma de identificar usuários e recompensá-los por meio de criptomoedas tem despertado atenção em todo o país, gerando debates sobre privacidade e proteção de dados. Trata-se de um projeto que já mobilizou mais de 400 mil brasileiros e suscita questionamentos acerca do uso de informações biométricas, bem como dos riscos e benefícios associados.

Nessa perspectiva, discute-se a necessidade de observar os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo transparência e consentimento livre e esclarecido a todos os envolvidos. Salienta-se, ainda, a importância de políticas claras que indiquem como esses dados serão armazenados, quem terá acesso a eles e em quais situações poderão ser compartilhados, visando sempre à segurança e à proteção do titular.

Com esse debate em pauta, reiteram-se a responsabilidade de empresas e as obrigações de órgãos públicos em promover a segurança da informação, bem como a autonomia do indivíduo no controle de seus próprios dados. A legitimidade de iniciativas desse tipo depende do equilíbrio entre inovação, respeito aos direitos fundamentais e adesão às normas vigentes.

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